Nosso terceiro dia em Lisboa foi bem movimentado. Logo pela manhã cedo, pegamos um bonde na Praça do comércio, aqui próximo ao hostel, e seguimos para o bairro de Belém. Alí visitamos o Mosteiro dos Jerônimos. Trata-se de um grande edifício, eu o chamaria de um castelo onde provavelmente funcionou um mosteiro. Eu confesso que não me interessei muito pela história do mosteiro.
Depois do Mosteiro seguimos até a Torre de Belém. Este é um pequeno forte que é bem bonito. Mas o que mais chama a atenção dos turistas é a falta de organização. As escadas são muito estreitas, mas mesmo assim os funcionários deixam as pessoas se espremerem livremente, sem a formação de filas ou grupos, um descaso.
Depois da Torre de Belém seguimos para o Padrão dos Descobrimentos. Este é um monumento muito importante para nós brasileiros, afinal foi desse ponto que saíram as caravelas que, lá no século 15, descobriram as terras brasileiras. Embora o monumento seja bem bonito, existe um problema no mínimo inusitado. Como o monumento é bem alto e fica em uma região turisticamente movimentada, resolveram explorar a vista. Colocaram um elevador e passaram a cobrar para as pessoas subirem e apreciarem a vista. Até aí tudo bem, mas acontece que o elevador nos deixa a 3 andares do terraço (?!??!?!?) e além disso as escadas de acesso são muito estreitas, mal cabe uma pessoa. O único alento é que a vista é realmente linda, sobretudo para a ponte 25 de Abril e o Mosteiro dos Jerônimos.
Depois de subirmos no Padrão dos Descobrimentos e nos espremermos lá em cima, seguimos para o museu da eletricidade. Nem dei muita fé no museu, mas a verdade é que foi um dos melhores lugares que visitamos. Lembra um pouco o Nemo em Amsterdam, pois possui vários experimentos de eletricidade onde a gente pode "brincar" livremente. Fizemos o passeio com calma e aproveitamos o local.
Quando saímos do museu já era mais de 2 horas da tarde, por isso estávamos com muita fome. Então pegamos um Comboio para o Cais Sodré e fomos almoçar em um restaurante à beira mar. Embora o restaurante fosse meio caro e cheio de putaria, a comida é muito saborosa e foi trazida pelo chef em pessoa. Só fizeram isso conosco, não sei porquê! Fato é que comemos um peixe delicioso com creme de batatas e pasteis de bacalhau, na verdade o pastel de bacalhau aqui tá mais pra um bolinho, mas de qualquer modo, muito saboroso.
Depois do almoço fomos para a Praça do Comércio. É uma praça ampla bem no centro da cidade. Descobri alí perto um local que alugava SEGWAY. Não resisti e o jeito foi pegar um pra dar um rolé. O troço parece muito difícil de dominar à primeira vez que se sobe em cima, mas logo peguei a manha e fiquei rodando pelos arredores da Praça do Comércio. Como Dinha estava cansada e provavelmente não ia conseguir dominar o veículo, achei melhor ela ficar sentada na praça me esperando. O SEGWAY é muito interessante, não possui freios nem aceleradores, é tudo com o equilíbrio/desequilíbrio do corpo.
Mesmo aqui em Portugal o SEGWAY não é muito comum. Por isso por onde passei me senti um loira gostosa passando em frente de uma obra.
Depois dessa parada pra voltar a ser criança, retornamos à vida de turistas. Fomos em direção ao Castelo de São Jorge e no meio do caminho passamos pela Catedral de Lisboa.
O Castelo de São Jorge não tem nada demais, a não ser pela monstruosa ladeira para chegar até ele. Como hoje aqui em Lisboa estão acontecendo desfiles pelo dia de Portugal, os bondes não estão fazendo o trajeto até o Castelo, por isso tivemos que subir à pé. Foi triste.... Sem contar que o "Castelo" está mais para uma "muralha velha". Não vi graça. Dinha menos ainda, que ficou puta por subir aquela ladeira escrota.
Depois de descermos do "Castelo" de São Jorge fomos até o elevador de Santa Justa, logo alí ao lado. Pretendíamos subir, mas a demora era tão grande que desistimos e então seguimos à procura de algum lugar para comer. Encontramos uma pastelaria que vendia o pastel de Belém (uma imitação dele). Esse pastel é no formato de uma empada, tem casca de massa folheada e recheio de nata. É bem gosto. Depois do lanche retornamos ao Hostel e ficamos conversando com a moça do Hostel, que achávamos que era a dona do lugar, mas que na verdade é uma empregada. A Paula costuma ser bem humorada, mesmo com a quantidade de problemas que nos relatou que teve nos últimos dias dentro do Hostel. Enquanto conversávamos o teto do quarto ao lado caiu. Parece que há uma infiltração no andar superior. Será que nosso teto vai cair tb???? (medo)
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