Saímos do Hostel em Madri ainda de madrugada, por volta das 4h e 30 mim. Seguimos em uma VAN marcada no dia anterior. Um veículo extremamente luxuoso, um Mercedes-Benz. No aeroporto Barajas, em Madri, fizemos o check-in assim que chegamos e partimos para a sala de embarque. Enquanto esperávamos, comemos chocolates comprados no Duty free e coca-coca de máquina.
No momento do embarque observei muitas pessoas sendo surpreendidas por uma norma da EasyJet (Cia Aérea). Eles colocam os preços lá embaixo, mas para isso sua mala de mão tem que ter um determinado tamanho e caso sua mala supere o tamanho determinado você paga uma multa. Se for feita a verificação no check-in, custa 30 euros, caso seja verificada a anormalidade no momento do embarque, aí são 50 euros. Isso representa 3 vezes o valor normal da passagem. Além disso não é permitido levar mais de um volume, mesmo bolsas, sacolas... tudo tem que estar dentro de um só volume. Vi mulheres enlouquecidas colocando suas bolsas dentro das maletas e estas ficando maiores que o tamanho máximo... foi uma cena.
Pra variar fizemos embarque remoto. Já dentro da aeronave ocorreu um problema. Aparentemente perderam uma passageira, entre o embarque em solo e o embarque no avião em si. Foi uma merda... isso nos atrasou mais de 1h, pois tiveram que conferir bilhete por bilhete. No fim disseram que haviam achado a pessoa sumida, mas a cara dos tripulantes não confirmava isso. De todo caso voamos para Lisboa sem mais problemas, exceto um FDP de um italiano que estava sentado na mesma fileira nossa que ficava me pedindo para não fazer barulho com o nariz (tomar no cú, porra). Eu me descupei da primeira vez, mas não posso controlar isso, é natural... o que ele ia fazer? Pedir para me colocarem pra fora do avião??? Ahh foda-se.
Já em Lisboa fizemos desembarque remoto, lógico!!! Depois seguimos sem passar na imigração. Não tenho certeza, mas acho que vôos dentro da união europeia são isentos de checagem de passaportes... Vou verificar isso depois. Fizemos check-in, andamos um pouco pelo aeroporto para matar tempo mesmo. Depois seguimos para a sala de embarque. No portal de segurança, onde ficam os detectores de metais, foi difícil explicar que o Ipad que eu carregava na mochila não era uma bomba. O cara perguntava: - É uma laptop? e eu dizia: - não!!! - É uma câmera? - Não - O que é isso senhor? Bom, depois a gente fala que português é burro e eles não gostam...
O vôo Lisboa -> Roma parecia um busu, cheio de Brasileiros. Tinha tanto brasileiro que a conversa já tava generalizada, todo mundo falando com todo mundo. Uma beleza. Tinha um senhor catarinense do meu lado com quem fiquei conversando bastante tempo. Ele quis saber se eu era Vitória ou Bahia. Eu fiquei sem jeito de dizer que torcia pro futebol acabar, mas disse que não gostava do assunto. Com isso ele acabou por me explicar o porquê dos brasileiros gostarem tanto de futebol... foi uma conversa muito esclarecedora. Pra resumir posso dizer que eu não preciso ser fanático por futebol para demonstar meu orgulho de ser brasileiro (ele apenas ratificou isso em mim), pois esse é um sentimento de outras épocas.
Na chegada a Roma entendi porque no vôo me disseram que Roma parece o Brasil. É uma zona. Ninguém consegue entender nada, quase nos perdemos dentro do aeroporto para econtrar as esteiras que traziam as malas. Quando finalmente encontramos ficamos esperando um bom tempo até elas chegarem. Depois seguimos para a estação de trêm para irmos para o centro da cidade. Fiquei apavorado com valor da passagem, 14 euros por pessoa. Além disso o trêm era velho e todo pichado, assim como as estações. Durante a viajem ouvimos a conversa de 2 brasileiras, recém chegadas como nós, com uma outra brasileira que aqui mora há mais de 30 anos. A velha esculhambou Roma. Tirou dos cachorros e botou em Roma. Ficamos até meio assustados. Mas durante o trajeto entendemos o que ela queria dizer. A parte periférica da cidade é dantesca. Tudo sujo, mal cuidado, feio... um cenário inesperado para um país europeu.
Quando chegamos na estação Termini, no centro da cidade, verificamos logo que as coisas aqui são diferente. Tudo muito complicado, mal sinalizado. Calçadas com buracos, motoristas que não respeitam a faixa. Ouxe??? É o Brasil? Fiquei decepcionado. Sem contar que a cidade não me pareceu bonita. Talvez nossos olhos estavam acostumados a outro tipo de visão e a nova vista nos causou um certo impacto. Ficamos meio perdidos para achar o hostel. As pessoas a quem pedimos informações pouco ajudaram. Mapa??? quá.... Foi quando encontramos 2 policiais que nos deram, em um inglês perfeito, a direção correta e então conseguimos achar o hostel.
De cara vimos logo que o hostel não é lá essas coisas também. Fica em um prédio velho, sem wi-fi, pelo menos o quarto é amplo. Entretanto dormiriamos apenas uma noite naquele quarto, já que no dia seguinte o proprietário nos mudaria para uma outra instalação, do outro lado do terminal, mas próximo. Depois de nos acomodar fui ao terminal ver se conseguia ligar, mas os telefone não são amigáveis a estrangeiros. Não consegui ligar de jeito nenhum e ainda perdi um Euro (ahhhh disgraça!!!). Na volta comprei umas comidas e voltei para o hostel para descansar para o dia seguinte.
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