Roma é uma cidade européia. Entretanto tem muito de cidades brasileiras. Primeiro que as coisas aqui são muito complicadas. Se você quiser tomar um ônibus, por exemplo, tem que adivinhar que é preciso ir até uma tabacaria e comprar um bilhete. Nos pontos não tem qualquer indicação disso, se tem é ridiculamente escondido.
Por falar em ônibus. O sistema de transporte de Roma é HORRÍVEL. O metrô possui apenas 2 linhas e as estações são sujas, mal cuidadas e, segundo disseram, perigosas. Os ônibus, como disse, são complicados. As paradas possuem nomes das ruas e por isso é difícil para um turista saber direito onde descer. Existem também uns bondes, mas eu não andei neles. Pelo que disseram é a melhor opção.
Os táxis são caros e os taxistas muito mal educados. Existe uma linha de trêm que liga o Aeroporto Leonardo Da Vinci (Fiumicino) até o Termini, no centro. A passagem custa 14 euros, um absurdo para uma cidade tão visitada. Como opção existe um ônibus que roda a cidade toda pra ir do centro ao Aeroporto e custa 8 euros. Uma corrida de taxi do Aeroporto ao centro não sái por menos de 80 euros.
É muito caro andar em Roma. A sorte é que muitas coisas são próximas e é possível ir à pé. Além disso é possível economizar comprando o Roma-pass, que dá direito a andar na rede de transportes por um certo período de horas ou dias.
Algumas coisas aqui são mais baratas que nos outros lugares que fomos. Roupas e sapatos são um exemplo. Há muitos ambulantes (imigrantes) por toda a cidade. Eles vendem de tudo, desde produtos de beleza até malas. E sempre tem um choro, é só pedir um desconto.
A alimentação é diversificada, embora a pizza e as massas estejam em evidência. É possível comer de tudo, até mesmo um feijão com arroz. Já a carne é meia boca. Mas o que há aqui de mais gostoso é o Gelatti (sorvete). Pra todo canto tem uma gelateria. Parece muito o sorvete da fredíssimo.
As pessoas são, em geral, meio rudes, sobretudo os italianos legítimos. Como há muitos moradores imigrantes, existe uma mistura cultural muito salutar. Aqui é possível perceber que há mais calor humano do que na Inglaterra ou até mesmo na Espanha. Todavia é perceptível um certo ar de bagunça e desorganização generalizada.
Os motoristas são muito mal educados também. Param para o pedestre, mas avançam sobre a faixa causando um certo sentimento de insegurança. 90% dos veículos estão amassados e/ou riscados. Aqui não há aquele cuidado com os veículos (lembra Paris). Além disso é um trafego barulhento. Muita buzina, gritaria e confusão. Não cheguei a ver nenhum engarrafamento, o trânsito flui bem. A ambulância aqui faz um som bem diferente do nosso. Só ouvindo.
Eu achei a arquitetura daqui pobre. Sobretudo se comparada com a espanhola e até mesmo a portuguesa. São prédio simples, meio quadrados. Entretanto há muitas fontes de água que redimem o resto da cidade. Essas sim são muito bonitas. Além disso, um prédio alí outro acolá é mais bem trabalhado. Sem contar as inúmeras igrejas. Por aqui não vi arranha-céus. São sempre prédio com até 5 andares. No subúrbio há prédio ainda mais feios que os do centro. Parece uma favela em alguns pontos. Dá até medo.
O que não dá pra negar, sem dúvida, é que a cidade transpira história. Os principais pontos da cidade carregam muitos anos e muitas experiências. Pessoas notáveis passaram por aqui e coisas grandiosa ocorreram há muitos anos.
Não é uma cidade prazerosa de se visitar, dada as dificuldades. Entretanto é uma cidade importante de conhecer. Faz parte do pilar básico da construção de quase toda a sociedade mundial. Em qualquer lugar o planeta existe algo que foi influenciado pelo que se sucedeu aqui. Por isso é tão importante vir aqui e sentir o cheiro da história. Não posso dizer ainda que valeu a pena, mas posso dizer que foi uma experiência enriquecedora.
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